quinta-feira, 27 de março de 2008

Lei de Imprensa



A dicussão em torno da Lei de Imprensa brasileira ainda está truncada e ao que tudo indica, a "novela" está longe de um final. Existem dezenas de projetos em tramitação no Congresso Nacional sobre a Lei. Alguns parlamentares chegaram a dizer, até, que ela não seria necessária.

É lamentável que a Lei de Imprensa esteja tão ultrapassada e não haja uma nova capaz de regular a relação entre os meios de comunicação, os profissionais de imprensa e a sociedade de uma forma democrática.

Tudo parece confuso. O Supremo Tribunal Federal suspendeu 20 dos 77 artigos da Lei de Imprensa. O Congresso Nacional retomou a discussão sobre o tema. No Senado, surgiu nova proposta de acréscimo à Lei 5.250/67. Fala-se em aprovar o substitutivo Vilmar Rocha (projeto de lei 3.232/1992), que entre outras ações, proibe a apreensão de publicações ou suspensão de transmissões de rádio ou TV, defende a agilidade do direito de resposta, a garantia da pluralidade na cobertura de questões polêmicas, o Serviço de Atendimento ao Público nos veículos de comunicação e regras transparentes para matérias pagas.

Enquanto isso, alguns senadores continuam propondo acréscimos e outras emendas aos parágrafos da Lei. Para a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), esta seria a hora de aprovar o substitutivo e assim, garantir mais transparência entre os meios de comunicação e a sociedade. Mas a tramitação do substitutivo ainda está em discussão.

Vamos esperar o desenrolar da questão. Continua o desejo de uma reformulação na Lei de Imprensa e que esta não seja uma mordaça à atividade jornalística ou mais um mecanismo oportunista do governo, de uma minoria, ou de quem quer que seja. Mas um instrumento para a sociedade brasileira. Também devemos estar atentos e saber até onde a lei se separa da ética.
Confira uma ótima reportagem sobre a Lei de Imprensa:
Fonte: Canal da Imprensa

quarta-feira, 26 de março de 2008

Realidade cruel: jornalista ganha mal


"Jornalistas brasileiros contam com piso salarial de no máximo R$ 2 mil". Ao ler essa manchete no Portal Imprensa pensei: talvez seja engano, não é possível. Essa notícia nunca gostaríamos de veicular. O que muito se comenta é que o profissional da educação ganha mal. Os professores, sim, ganham uma miséria. Assim, pensa o senso comum.

Mas não é apenas essa classe que luta para sobreviver. Ao lado dela, muitas outras tentam se equilbrar. O jornalista também tenta esticar o dinheiro no final do mês. A profissão não é tão glamourosa como muitos imaginam.

A maioria dos profissionais de imprensa discute a questão legal da função como a necessidade de diploma e as condições de trabalho, grande parte, precárias, o que é louvável e bastante pertinente. Não podemos nos esquecer, entretanto, que o debate sobre as questões financeiras merece igual importância.

A luta pela melhoria salarial se faz urgente!

Na matéria, escrita por Marina Dias, no Portal Imprensa, um dos grandes problemas apontados pela maior parte dos sindicatos de jornalistas do Brasil é o baixo piso salarial. O aumento do salário-base fixo é a principal dificuldade. Um levantamento realizado pelo Portal com os presidentes sindicais de todo o País, citado na reportagem, revela a cruel realidade do mercado: os pisos salariais variam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil para 5h horas trabalhadas, chegando a um mínimo de R$ 730 em veículos do interior do Espírito Santo.
"Diferentemente do que se imagina, os salários mais baixos pagos para jornalistas estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil", aponta a matéria. "Além dos mínimos do Espírito Santo e Dourados, os Estados de Santa Catarina (R$ 1.050), Rio Grande do Sul (R$ 1.220) e São Paulo (R$ 1.248, para profissionais de Rádio e TV) chegam a um piso máximo de R$ 1,5 mil. "
Há o outro lado da moeda. Segundo a matéria, "os assessores de imprensa podem comemorar, já que, em praticamente todas as regiões, ganham mais que todos os outros tipos de jornalistas, como os de redação, rádio e TV.
Outro dado curioso está no Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. Com 60 anos de existência, a entidade ainda enfrenta dificuldades financeiras constantes e não possui um piso salarial fixo. Atualmente, existe apenas um "salário-base" no Estado, de R$ 1.330.

A única exceção que sai totalmente fora dos padrões dos pisos de até R$ 2 mil é o município do Rio de Janeiro. Com um salário-base de R$ 3.684 para 5h trabalhadas e de R$ 5.894 para 7h, os jornalistas cariocas são os mais bem pagos do País. "

O que se vê é a falta de linearidade salarial entre as regiões brasileiras e a triste realidade do mercado, que insiste em nos impor um saláro miserável. Os jornalistas como muitos outros profissionais se transformaram em heróis diários, sempre à procura de um complemento para o orçamento. Mas não merecemos esmolas. Somos dignos de um salário justo.



Não aceite migalhas. Amigos jornalistas, se unam e façam a diferença!

terça-feira, 4 de março de 2008

Curtas do jornalismo

Seminário
Começa amanhã, dia 5, o período de inscrições para o I Seminário Nacional sobre Conhecimento do Jornalismo e II Seminário do Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensino de Jornalismo e do Estágio Acadêmico, que acontecem de 27 a 30 de março, em Florianópolis.
Leia mais no site do sindicato dos jornalistas de São Paulo
http://www.jornalistasp.org.br/

Dia da mulher
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, as revistas Claudia, Nova, Elle, Estilo e Bons Fluidos, da Editora Abril, lançam a terceira edição do projeto "Mulheres do Brasil", que compreende um evento, um suplemento especial e um hotsite.
O evento acontecerá no dia 7 de março, em São Paulo. Convidados e uma platéia de aproximadamente 400 pessoas vão debater o tema "O Avesso da Mulher Nota 10".
Leias mais em: http://portalimprensa.uol.com.br/

Congresso jornalismo investigativo
Será realizado entre os dias 8 e 10 de maio na UNI-BH, em Belo Horizonte, o 3º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento terá cerca de cem palestrantes, entre convidados da Inglaterra, Estados Unidos, América Latina e dos principais veículos de comunicação brasileiros. Leia mais no : http://www.abraji.org.br/

Congresso empresarial
Será realizada entre os dias 3 e 5 de maio, em São Paulo, a nona edição do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas. O tema do evento será a Comunicação Corporativa e a Empresa do Futuro – mapas da estrada.” Serão realizadas 7 conferências magnas, 28 palestras temáticas, 10 workshops, 4 visitas guiadas às redações da Central Globo de Jornalismo, dos jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico e da Editora Abril, 4 visitas culturais e a Feira de Comunicação Empresarial.
Leia mais em: http://www.jornalistasp.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=531&Itemid=2

domingo, 2 de março de 2008

Pisos salariais do jornalista

Pisos Salariais 2007-2008
Setores
5h
5h + 2 EXTRAS
Jornais e Revistas da Capital
R$ 1.650,44
R$ 2.640,71
Jornais e Revistas do Interior e Litoral
R$ 1.335,00
R$ 2.136,00**
Rádio e Televisão - Capital
R$ 1.248,00
R$ 2.184,79*
Rádio e Televisão - Interior e Litoral
R$ 796,00
R$ 1.392,95*
Assessoria de Imprensa
R$ 1.836,46
R$ 2.938,34***
* Vigência: 1º/12/2007 a 30/11/2008
** Vigência: 1º/06/2007 a 31/05/2008
*** Vigência: 1°/10/2007 a 31/05/2008

Fonte: Sindicato dos jornalistas de São Paulo ( Atualizado em 11 de janeiro de 2008)