Caro amigo jornalista, talvez você pense que ser freelancer tenha suas compensações. Realmente, há, quando se trabalha com clientes idôneos. Mas quando encontramos pessoas desonestas, é o fim.
Como se não bastasse a dificuldade de praticar o valor estabelecido pelo sindicato dos jornalistas, tive a infeliz oportunidade de aceitar uma proposta de trabalho freela, que vem me dando muita dor de cabeça.
Um projeto aparentemente bacana: produzir matérias para uma revista de um guia de serviços. Pessoas simpáticas, reuniões de pauta agradáveis, o trabalho fluía bem...mas quando o assunto era “dinheiro”, logo surgiram as desculpas e os atrasos no pagamento.
Preocupação com a informação, com o leitor, com a ética, que nada!!!! Tudo o que se quer é faturar com os anúncios. Ganhar dinheiro fácil!!!
Passaram-se cinco meses, recebi o valor acordado pelo trabalho. O dono do veículo alegou alguns "contratempos" e eu recorri à ajuda de um profissional. Conversei com um advogado e ele me aconselhou a tentar um último acordo antes de acionar a justiça. Após o ultimato, eis que o depósito referente ao meu trabalho surgiu.
1) Escolha bem seus clientes. Não aja por impulso nem mesmo diante de uma dificuldade financeira pessoal. Uma má decisão pode lhe render muita dor de cabeça adiante. Pense com cuidado. Veja se realmente vai valer a pena.
2) Analise bem a proposta de trabalho;
3) Pesquise e tenha em mãos todos os dados da empresa para a qual você vai prestar o serviço;
4) Converse ao máximo com o cliente sobre o trabalho (não se esqueça de registrar tudo - emails, conversas via MSN, Skype) Guarde todas as informações.
5) Combine prazos para entrega do trabalho e data de pagamento.
6) Formalize o trabalho em contrato para que ambas as partes tenham segurança e registre-o em cartório. No documento, especifique uma data para o pagamento e anexe ao contrato um recibo de pagamento de Direitos Autorais, afinal, tudo o que você produzir é seu, uma vez que não terá vínculo com a empresa.
Boa sorte e bons clientes!